Como a vida infelizmente não é só rir ou carros, achei que era altura de escrever sobre algo mais sério e preocupante.
No próximo dia 20 de Janeiro inicar-se-á a 2ªa Semana Europeia da Prevenção do Cancro do Colo do Útero, por isso resolvi sensibilizar quem lê este blog para esta doença que toca a todos!
Por isso peço que percam apenas um min. do vosso tempo e ajudem as salver vidas, assinando a petição de "STOP ao cancro do cólo do Útero na Europa" em:
Para quem não sabe, as mulheres representam mais de 50% da população de um país e a prevalência de algumas doenças nas mulheres é maior que nos homens. Uma das mais sérias é o cancro do cólo do útero!
Sabia que:
na Europa o cancro do colo do útero mata uma mulher a cada 18 minutos;
o cancro do colo do útero afecta mulheres de todas as idades - em todo o mundo, é o segundo cancro mais frequente nas mulheres com menos de 45 anos, mas também atinge um número considerável de mulheres acima dessa faixa etária;
o cancro do coço do útero não é uma doença hereditária - é causado por determinados tipos de Papilomavírus Humano (HPV) que se trasnmite por contactos íntimos. Este vírus é tão comum que cerca de 80% da mulheres entrarão em contacto com o vírus?????
O maior remédio é mesmo a prevenção!!!! Como?????
Associar a vacinação aos diversos tipos de exames (citologia, Papanicolau) podem prevenir o cancro do colo do útero;
O exame Papanicolau deve ser feito 3 anos após o início das relações sexuais, devendo depois repeti-lo de 3 em 3 anos, após no mínimo 2 exames anuais negativos;
Já existe vacinação contra dois tipos de vírus que causam o cancro do colo do útero, uma das quais é a Cervarix.
O que é o Cervarix?
O Cervarix é uma vacina. Este medicamento é uma suspensão injectável que contém proteínas L1
purificadas para dois tipos do papilomavírus humano (HPV, tipos 16 e 18). Está disponível num frasco
ou numa seringa pré-cheia.
Para que é utilizado o Cervarix?
O Cervarix é utilizado para conferir protecção contra a neoplasia intra-epitelial cervical de ‘alto grau’ (CIN, crescimento de células pré-cancerosas anómalas no colo do útero) e o cancro cervical (cancro do colo do útero) que são causados pelos tipos 16 e 18 do HPV. ‘Alto grau’ significa que a neoplasia está nos graus 2 e 3 e, consequentemente, é mais provável que progrida para cancro se não for tratada.
Esta utilização baseia-se na demonstração da eficácia do Cervarix em mulheres com idades
compreendidas entre os 15 e os 25 anos e na sua imunogenicidade (capacidade para fazer com que o sistema imunitário responda à vacina) em raparigas e mulheres com idades compreendidas entre os 10 e os 25 anos.
O Cervarix é administrado de acordo com as recomendações oficiais. O medicamento só pode ser obtido mediante receita médica.
Como se utiliza o Cervarix?
O Cervarix é administrado a raparigas com idade igual ou superior a 10 anos sob a forma de três doses, com um mês de intervalo entre a primeira e a segunda doses e cinco meses entre a segunda e a terceira doses. Recomenda-se que as raparigas que receberam a primeira dose completem o esquema das três doses do Cervarix. A vacina é administrada como uma injecção no músculo do braço.
O Cervarix não é recomendado para utilização em raparigas com idade inferior a 10 anos devido à ausência de informação relativa à segurança e imunogenicidade neste grupo etário.
Como funciona o Cervarix?
Os papilomavírus são vírus que causam verrugas e crescimento tecidular anómalo. Existem mais de 100 tipos de papilomavírus, sendo que alguns destes tipos estão associados a cancros genitais. Os tipos 16 e 18 do HPV causam aproximadamente 70 % dos casos de cancro do colo do útero.
Todos os papilomavírus possuem um invólucro ou ‘cápside’, que é constituído por proteínas
denominadas proteínas L1. O Cervarix contém proteínas L1 purificadas para dois dos tipos do HPV, os tipos 16 e 18. As proteínas no Cervarix são criadas por meio de um método conhecido por ‘tecnologia de ADN recombinante’: são produzidas por uma célula que recebeu um gene (ADN), que possibilita que produza proteínas L1. As proteínas são montadas em ‘partículas tipo vírus’ (estruturas que se assemelham ao HPV, de forma a que o organismo as reconheça com facilidade). A vacina é feita utilizando um ‘sistema adjuvante’ que contém MPL, um lípido bacteriano purificado que funciona como um imuno-estimulante: intensifica a resposta do sistema imunitário (o sistema que combate doenças) à vacina. A vacina é ‘adsorvida’, ou seja, as partículas tipo vírus da proteína L1 e o MPL são fixados num composto de alumínio para estimular uma melhor resposta imunitária.
Quando uma doente recebe a vacina, o sistema imunitário cria anticorpos contra estas proteínas. Os anticorpos ajudam a destruir o vírus. Após a vacinação, o sistema imunitário passa a conseguir produzir anticorpos com maior rapidez quando exposto aos vírus. Isto vai ajudar a conferir protecção contra as doenças causadas por estes vírus.
Como foi estudado o Cervarix?
Os efeitos do Cervarix foram previamente estudados em modelos experimentais antes de serem
estudados em seres humanos.
O estudo principal envolveu quase 19 000 mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos. O Cervarix foi comparado com uma outra vacina, não activa contra o HPV (neste caso, uma vacina contra o vírus da hepatite A). O estudo analisou o número de mulheres inicialmente não infectadas pelos tipos 16 e 18 do HPV e que acabaram por desenvolver CIN de alto grau associada à infecção com estes tipos de HPV. O estudo estava ainda em curso no momento da avaliação e continuará por um período máximo de quatro anos.
Dois estudos adicionais também analisaram o desenvolvimento de anticorpos aos tipos 16 e 18 do HPV em 2225 raparigas e adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos. Os estudos compararam os níveis de anticorpos antes da vacinação e após a terceira dose (no mês sete).
Qual o benefício demonstrado pelo Cervarix durante os estudos?
O Cervarix foi mais eficaz do que a vacina de comparação na prevenção do crescimento de células anómalas no colo do útero. No estudo principal, após uma média de 15 meses, duas das quase 8000 mulheres que receberam pelo menos uma dose de Cervarix e que não tinham sido previamente infectadas pelos tipos 16 e 18 do HPV desenvolveram CIN de alto grau com estes tipos de HPV. Este número foi comparado com 21 das quase 8000 mulheres que receberam a outra vacina.
Os estudos adicionais mostraram que todas as raparigas com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos que receberam o Cervarix desenvolveram níveis protectores de anticorpos contra os tipos 16 e 18 do HPV. Tal indicou que a vacina é provavelmente eficaz na prevenção da infecção pelo HPV em raparigas a partir dos 10 anos de idade.
Qual é o risco associado ao Cervarix?
Os efeitos secundários mais frequentes com o Cervarix (observados em mais de 1 doente em cada 10) são dores de cabeça, mialgia (dor muscular), reacções no local da injecção, incluindo dor, vermelhidão e inchaço, e fadiga (cansaço). Para a lista completa dos efeitos secundários comunicados relativamente ao Cervarix, consulte o Folheto Informativo.
O Cervarix não deve ser utilizado em pessoas que possam ser hipersensíveis (alérgicas) à substância activa ou a qualquer um dos outros ingredientes. A vacinação deve ser adiada em pessoas que estejam doentes com febre alta.
Por que foi aprovado o Cervarix?
O Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) concluiu que os benefícios do Cervarix são superiores aos seus riscos na prevenção da CIN de alto grau (graus 2 e 3) e do cancro do colo do útero causalmente relacionados com os tipos 16 e 18 do HPV. O Comité recomendou que fosse concedida uma Autorização de Introdução no Mercado para o Cervarix.
